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Liderança para a vida real | 8 lições que ouvi do Flávio Augusto!

Destaques de um final de semana para ouvir sobre liderança para a vida real!

Dica de leitura dos meus textos:

  • Se você gosta de história, leia esse texto inteiro, mesmo com preguiça.
  • Se quer entender por cima, leia os destaques em negrito.
  • Se quer a versão resumida, vá no meu LinkedIn 🙂.

O tema liderança para a vida real parece um mix de autoajuda com igreja pentecostal. Mas, hoje todos somos liderados e lideramos em alguma esfera da vida.

Seja em casa, na igreja, comunidades, empresas e redes sociais. Todos somos influenciadores e, por consequência, líderes em algum momento.

Ainda mais com o advento de coaches e gurus que vivemos. Aposto que você já se viu na situação que Mateus 15:14 descreve:

“…São guias cegos guiando cegos. Se um cego conduzir outro cego, ambos cairão no buraco.”.

Por isso que quando eu soube que o Flávio Augusto (@geracaodevalor) estaria em um evento, não pensei duas vezes! Fui conferir a energia desse cara que acompanho na internet há 8 anos!

O Flávio foi generoso ao falar de vida pessoal e carreira, sempre de um modo leve como um papo entre amigos.

Impossível não admirar a doce história de amor pela Luciana, sua esposa, e como construíram juntos o caminho “certo”. Mas, também o peso nas palavras duras com quem espera um “salvador” para todos os seus problemas. Em contrapartida esbanjando insights que provam que que liderança é uma habilidade necessária para todos. E, não poupando lições, ao falar de temas “indigestos” citando exemplos da vida dele a cada tópico.

Aqui reuni a lições que, para mim, fizeram sentido pensando numa liderança para a vida real!

1. Se você está em posição de influência/liderança, você é responsável pela vida das pessoas ao seu redor.

Não importa se você tem holofote ou cargo. Você é responsável e tem que saber o seu efeito nas pessoas e famílias a seu redor.

Lideranca para a vida real_ Flavio Augusto_Geracao_de_Valor (1)

Me choca ver homens falando sobre família, carreira e sucesso. Ainda mais sabendo o quanto o mercado corporativo e de TI (onde atuo) pode ser podre.

A maioria das pessoas quer fugir da responsabilidade e seus efeitos. Ser responsável pelo “lado humano” é algo grandioso. Há quem prega que ninguém é responsável pelo que o outro entende, sente ou faz para poder justificar suas “mau carátices“.

Outro ponto que me fez pensar muito, foi um dado que ele compartilha ainda pensando sobre famílias.

2. No Brasil, uma família que está hoje nos 10% mais pobre da população, leva 9 gerações para subir para uma classe mediana.

No caso da minha família estamos na 3° geração. Considerando que eu ainda tô lutando pelo pão nosso de cada dia, mas, saímos da linha da pobreza lá pelos meus 20 anos.

O soco no meu estômago veio em forma de conselho:

3. Não se deixe vencer pelo vitimismo.

O Flávio é taxativo pra ninguém esperar meritocracia e não sentar na posição de vitima, viu?

Justiça e meritocracia não existe e ponto, ele conhece a desvantagem que é nascer pobre e diz isso com todas as letras.

Ele fala com todas as letras que NUNCA vai existir meritocracia enquanto um estagiário vai pro trabalho tendo estudado inglês a vida toda, fácil acesso a transporte competir com outro que nem se quer se alimentou.

Sem as mesmas bases, as oportunidades nunca serão iguais! Com esse pensamento ele reforça o que sintetiza a minha gana por estudar AINDA MAIS nos últimos anos.

Contando a história dos pais dele, Flávio reforça que a mobilidade social vem pelo estudo e que hoje o acesso ao conhecimento é um caminho sem volta.

“Mobilidade social só existe com acesso ao estudo, seja formal ou informal (autodidata).”

Trazendo pra minha realidade, eu sei que meritocracia não existe na vida real. Eu ouço pelo menos uma vez ao dia que não existe justiça e o mundo corporativo é assim… Não me acostumo, mas não sento pra ver o que acontece.

Abre aspas, para quem não me conhece:

Cresci dividindo roupa pra ir pra escola, quando minha irmã estava de blusa, eu passava frio. Vice-versa. Estudar sem material e com fome. Ir pra escola pelo lanche, trabalhar/brigar pelo básico todo dia. Sei o que são 3 horas de transporte público para chegar ao trabalho e ser humilhada por isso.

Mesmo hoje, que subi um pouco na “cadeia alimentar”, a meritocracia ainda não existe…

Eu ainda tenho que ralar muito todos os dias para compensar a minha falta de base, de estudo e de marcas no currículo. Nem vou falar o quanto a dificuldade aumenta sendo mulher de “personalidade forte”, não estando no padrão de “feminilidade” esperada. Hoje não é mais com a fome que eu luto todo dia, graças a Deus. Mas, ainda luto pra ter onde morar, como me locomover e estruturar a minha base da pirâmide [de Maslow]. Isso, tenho certeza que poucos no meu ambiente corporativo vivem.

4) Sucesso é uma medida pessoal.

Dentro do que o Flávio entende ser sucesso, respeito é vital. Ele fala que não adianta ter o respeito de colegas de trabalho e não da sua família, vice-versa. Não existe bom profissional e péssima pessoa, uma hora isso se cruza, seus valores e caráter ficam expostos.

Ele conta várias histórias que provam o quanto o respeito das pessoas que vivem perto da essência dele é mais importante do que cargo. Mesmo tendo tanto sucesso e dinheiro, ele afirma que o respeito da família ainda é a maior métrica dele. Ele fala o quanto não arriscar esse respeito e suas bases de valor moral é fundamental para uma carreira longa e uma vida plenamente feliz.

5) Escolha bem a empresa e as pessoas com quem trabalha.

Aliado a isso, a importância de ter a nossa palavra sempre apoiada no nosso caráter e ações. Ele exemplifica falando da “re-compra” da Wiseup somente para reerguer a rede após a venda para o Grupo Abril.

Ah, ainda sobre essa negociação ele fala muito sobre cumprir nossa palavra doa a quem doer (mesmo em nós).

6) Ter de fato uma palavra honrada é o diferencial de um bom líder (de si e outros).

Líderes que tem palavra, conduzem empresas/pessoas de modo honrado. Mesmo num mundo competitivo e cheio de sujeira pelo dinheiro, status e etc.

7) Liderar é ser alguém que compartilha conhecimento por generosidade e impulso de doação.

Uma pessoa que não retém o que é bom pra si é um líder nato.

Por isso, o compartilhar ideias, conhecimento e informação é um motivador pessoal. Esse blog prova isso 🙂.

8) Quando ninguém der nada pra você, dê a si mesmo!

Tento me policiar para não ser a pessoa que aponta o dedo sem olhar pro meu umbigo. Acredito que única e melhor maneira me tornar líder de mim é investindo no meu aperfeiçoamento e fazendo por mim. Para que a minha cegueira não me condene eu me mantenho uma eterna aprendiz. Valorizo cada oportunidades de ouvir quem tem mais estrada e percorreu outros caminhos. São experiências como dessa palestra que me possibilitam ver um viés diferente e muitas vezes, mais motivador, que o meu dia a dia.

Só para ilustrar quando o Flávio Augusto, em carne e osso, falou sobre engolir o julgamento e a descrença, eu me vi representada e me emocionei!

Fazer por mim, criar as minhas oportunidades mesmo sem “tapinha nas costas” é o que tento fazer todo dia e não tem mesmo outro jeito, 32 anos contrariando as estatísticas!

Posso dizer que no meu caminho de ser líder da minha vidinha essa palestra foi um bálsamo de ânimo!

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