Pensamento de Startup é uma habilidade que todo mundo deveria ter!
Startup Mind set se você quiser estrangeirismo @. Se essa habilidade ainda não foi catalogada pela psicologia, deveria ser!
Dia desses ouvi o Fernando Salaroli falando sobre a sua trajetória com a Lean Survey. De tudo que consegui absorver na apresentação eu defini algo como o pensamento de startup.
Eu estava em uma imersão em inovação que estamos fazendo na firma, mas as ideias tem rendido ensinamentos pra vida.
O Fernando é o típico jovem empreendedor que a gente vê nos filmes. Sei lá, 25 anos? Faz parte da “molecada” das startups que estão crescendo e mudando setores estagnados.
Primeiro conselho da
tiaLis! Se você quer desenvolver o pensamento de startup, esquece esse lance de idade biológica.
Assim como o Busarello, o Fernando mostrou que idade não é nada. Ajuda com maturidade e experiência, mas quem tem vontade de fazer, vai lá e faz!
Primeiro pensamento de Startup
Inspire-se nas BOAS pessoas/ideias/postura.
O Fernando comentou que era estagiário na 99 táxis quando teve a vontade de fundar uma startup. Inspirado pelo sucesso dos seus, então, chefes. Ele viu o crescimento rápido da 99, a postura dos fundadores, o ambiente inovador e desafiador que a 99 tinha.
Tudo isso inspirou o Fernando. Mas, imagino que a possibilidade de ganhar muito dinheiro também*.
Ele destaca na sua apresentação que a hoje a 99 táxis é o primeiro unicórnio brasileiro.
*PS: eu só imagino a origem do Fernando, por puro julgamento. Ele fez Poli, pobre loko igual nóis de Utinga ele não é. Mas, garanto que “nóis” que é pobre associa que ganhar dinheiro não pode ser uma motivação, nós somos moldados assim. Eu repito pra mim todo dia: não é feio dizer que dinheiro motiva!
Todo mundo, não só empreendedores, tem que saber valorizar monetariamente o seu trabalho/produto/conhecimento! Vou falar mais disso em breve 🙂
Já emendando no segundo pensamento de startup.
Currículo é bom, ajuda, mas não é o diferencial amiguinhos.
Durante a fala do Fernando, curiosa fui olhar o Linkedin dele (como eu faço com todo mundo da minha área) e vejam só:
Lembro de ter falado pra Aline que dividia a mesa comigo: “dá vontade de limpar a bunda com o meu CV”. Nesse francês fluente, bem polido e educado, tamanho choque de realidade que tomei.
Não que eu tenha um currículo INVEJÁVEL, pelo contrário sempre digo que estudei onde deu, quando deu e como deu. Mas, tenho experiência profissional, idade e blá blá blá padrões de “sucesso e fracasso” que vem à cabeça quando ouvimos um XÓVEM empreendedor falar.
Aqui entrou a lição de vida, que reforçou o que o Busarello já tinha mostrado (vai lá ler o texto linkado): currículo não é nada gente!
Os tempos mudaram! Certas habilidades não vem com a chancela de faculdade, nem sobrenome de família, nem idiomas que você sabe falar, muito menos, com o cargo que você ocupa.
Esforço, ética, foco, empenho, inteligência, visão e etc…
Claro que para fundar uma startup, ter um pouco de grana pode ajudar. Mas, não é também decisivo ou certeiro, existem casos de startups que nasceram em garagens com pouca grana.
Se você entendeu com isso que você não precisa estudar, volte quatro casas!
O terceiro pensamento de startup é um reforço contra-ponto.
Estude!
Falo muito que o que mudou minha vida foi estudar – sempre e muito! Foi o que abriu portas e oportunidades na minha família. A partir da minha irmã trabalhando e estudando, mesmo sem referências na família que tivessem chegado à faculdade.
Mas, sempre estudei e não só na faculdade, qualquer oportunidade que me dão de aprender eu agarro com unhas e dentes.
O Fernando contou que a ideia do que seria a sua startup surgiu numa mesa de bar, mas só nasceu depois de muito estudo, leituras focadas, discussões e análise de mercado.
É aqui que currículo não faz diferença, mas estudar faz!
A habilidade de aplicar conhecimento e explorar áreas são diferenciais que não vem com diploma. O melhor é que todo mundo pode desenvolver isso.
Entendido, né?
Se eu conseguir coloco a lista de livros que o Fernando mostra na apresentação dele 🙂
UPDATE: O Fernando gentilmente leu meu texto e mandou a lista de livros (os links são da Amazon pra quem quiser ver preços. Algumas versões estão em Inglês, outras em Português):
- The Startup Owner’s Manual
- Exponential Organizations
- The Lean Startup
- Venture deals
- Zero to One
- The hard thing about hard things
- The Everything Store
- Value Proposition Design
- Business Model Generation
- Crossing the Chasm
- High Output Management
- Epic Content Marketing
- Content Inc.
- Inbound Marketing
- The Sales Acceleration Formula
- Predictable Revenue
- Spin Selling
- Fanatical Prospecting
- The Challenger Sale
- The Elements of User Experience
- The Design of Everyday Things
- Hooked
- The Paradox of Choice
- O poder do Hábito – vem ler minha resenha com frases e ensinamentos do livro 🙂
- Rápido e Devagar
O quarto pensamento de startup é o mais aplicável na vida!
Foco no problema a ser resolvido = foco no que você resolve melhor.
O Fernando contou que a “expertise core” da Lean Survey era uma área completamente nova para ele e seu sócio. Fora que, nenhum dos dois era programador.
Fundar uma startup de tecnologia é, de cara, querer entregar inovação, disrupção e outros adjetivos que tenho ranço – de tão mal empregados.
Mas, o mundo, as empresas, as pessoas estão cheio de problemas e necessidades. Se você não souber o que você pode resolver, de fato, e qual é o problema real você vai ficar rodando atrás do rabo…
Nunca vai chegar no conceito mais incrível da gestão de inovação: O MVP, Minimum Viable Product.
Aqui o Fernando deu passos bem legais que servem para resolver problemas de todos os tipos:
- Divida o problema em partes.
- Estude tudo. Ache a parte do problema que vai causar mais impacto de mudança positiva.
- Foque em resolver essa parte do problema da melhor e mais simples forma possível.
- Faça análises e chegue no produto minimamente viável.
Fechando a palestra…
Eu perguntei se no mercado da Lean Survey existia a possibilidade de melhorar o processo. Com métodos mais humanamente apurados ou até mais tecnológicos.
A Resposta é a cereja do bolo: o método funciona até hoje não tem porque perder tempo tentando mudar.
#LOL 😄 rindo de nervoso com essa resposta.
Moral da história, o quinto pensamento de startup é:
Se não é um problema, não crie um problema!
Mas, startups tem muito de usa o que funciona, otimiza, melhora, mas não cria um problema onde não existe. Talvez você não possa resolver o problema que criou e vai desprender tanta energia, dinheiro e etc… Que não vai valer a pena.
E aí volta no pensamento anterior, foco no que você resolve melhor. O mundo, a vida, já tem problemas demais, não dá pra resolver tudo, mas dá pra não criar mais um. 😄
Isso não é uma bela lição pra vida?
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